Ao G1, ela fala sobre novo trabalho 'Fogueira em Alto Mar', turnê de 20 anos de carreira e dificuldade de compor para 'grandes divas' como Elza Soares e Bethânia: 'Fiquei paralisada'
Eu acelero, corro, não tem placa / É outra rua que não tem no mapa / Perdida por você, deixada por você." Esses versos poderiam estar em qualquer uma das músicas dos primeiros discos de Ana Carolina, mas aparecem agora em "Não Tem no Mapa".
"Volto a fazer canções de amor, as famosas baladas...", define Ana Carolina ao G1.
Essa é a faixa de abertura do primeiro de três EPs de "Fogueira em Alto Mar" lançado nesta sexta (31). Juntas, as três partes vão formar o 11° disco da cantora mineira em 26 de julho.
Logo nas primeiras músicas, dá pra reparar que dois pontos característicos nos sucessos da cantora aparecem com força nesse disco de inéditas depois de seis anos: o violão bem forte e as letras românticas contemplativas, como em "Confesso" e "Encostar na Tua". Ana também percebe a "conversa" com seu começo na música.
Deste primeiro EP, "1296 Mulheres" é a única que lembra, pela letra de Moreira da Silva e Zé Trindade, o trabalho anterior, "#AC", que era voltado para o pop eletrônico com letras diretas e sensuais, como "Pole Dance" e "Libido" de 2014.
"Da Vila Vintém ao Fim do Mundo" é um samba em homenagem a Elza Soares, depois que uma encomenda feita pela cantora carioca nunca ficou pronta.
Não consegui fazer a canção de amor que a Elza queria, mas fiz uma homenagem do fundo do meu coração", explica. Ana diz que gravar com a cantora de 88 anos foi um dos momentos mais emocionantes deste trabalho.
A turnê de 20 anos de carreira vai começar no dia 15 de junho em Belo Horizonte, e já há outras 12 datas marcadas. O repertório, no entanto, ainda não está fechado.
G1 - Conta um pouco como foi o processo para chegar nessas músicas de "Fogueira em Alto Mar".
Ana Carolina - Comecei a compor em 2018 pra esse disco e em setembro ou outubro todas já estavam todas prontas. Eu faço mais a parte da música e os parceiros (Bruno Caliman, Zé Manoel, Edu Krieger, Antonio Villeroy) ficam mais com a letra.
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